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A Culpa é da Globo?
Publicado
2 anos atrásem
Por
Fábio Rocha
NEGÓCIO BILIONÁRIO
Não é segredo para ninguém que o futebol, há muito tempo é, e será cada vez mais de agora em diante, um negócio bilionário.
Vamos nos esquecer por alguns instantes a paixão, tradição e a importância inegável cultural e social do futebol não apenas no Brasil, mas em muitos países no mundo.
Vamos analisar números que como muitos admitem, pela evidência deles não há como contra argumentar.
FONTES
Como já utilizado em algumas recentes colunas, todos os valores e dados que serão citados a seguir estão disponíveis nos Balanços Patrimoniais dos clubes no período de 2015 até 2017.
POR ONDE ENTRA O DINHEIRO
Se desconsiderarmos os recursos oriundos das estruturas sociais (os clubes em si) e de outros esportes, quatro grandes fontes concentram a quase totalidade das receitas: Direitos de Transmissão de TV, Receitas com Marketing/Patrocínios/Royalties, Direitos Federativos e Bilheteria & Sócio Torcedor.
NOSSOS DIRIGENTES TÊM VALORIZADO NOSSA HISTÓRICA MARCA?
Os administradores criam suas soluções para captar cada vez mais recursos, de acordo com as características inerentes aos seus clubes.
É emblemático constatar que o São Paulo é o clube que mais arrecada com Direitos Federativos, há muito tempo e por larga margem. Não custa lembrar que Fluminense e Santos também “bebem nessa fonte” de maneira efetiva para irrigar seus cofres.
Não é muito difícil concluir que Marketing/Patrocínios/Royalties e Direitos de Transmissão de TV são as fontes mais ligadas ao valor da marca (a grife do clube).
As outras duas estão ligadas e muito ao desempenho esportivo das equipes e a competência com a qual são negociados contratos e como são gerenciadas as divisões de base.
Infelizmente, em duas colunas anteriores (links ao final desta), nós comprovamos através dos implacáveis números que nossos administradores têm deixado a desejar no quesito que concentra a soma total dessas fontes: gerar recursos.
Porém o que ainda surpreende (negativamente) é que por uma característica do nosso Glorioso, deveríamos gerar mais recursos ligados em especial à nossa marca por motivos históricos óbvios, mesmo com deficiências em outras fontes de Receita.
Mas a realidade dos números nos escancara outro quadro, nada animador.
Receitas com Marketing/Patrocínios/Royalties e Direitos de Transmissão de TV – Acumulado (2015 até 2017)
Flamengo = R$ 866 milhões
Corinthians = R$ 716 milhões
Palmeiras = R$ 645 milhões
Cruzeiro = R$ 516 milhões
Atlético MG = R$ 497 milhões
São Paulo = R$ 492 milhões
Internacional = R$ 452 milhões
Vasco = R$ 443 milhões
Grêmio = R$ 436 milhões
Santos = R$ 416 milhões
Fluminense = R$ 416 milhões
Botafogo = R$ 320 milhões.
Observação: Os dominantes nestes quesitos: Flamengo, Corinthians e recém-chegado Palmeiras, são confrontados por alguns outros que são mais competentes em outras fontes de Receitas.
E o nosso Botafogo no tocante à geração de Receitas, é sempre o “último dos grandes”, perdendo por larga margem para o penúltimo, quando não é ultrapassado de maneira preocupante e estarrecedora por alguns médios (consulte o link das outras colunas).
QUAL(IS) A(S) RAZÃO(ÕES)?
Poderíamos inferir que os Contratos de Direitos de Transmissão de TV foram mal negociados em sua origem e criaram uma “depreciação crônica nas renovações”, que a necessidade de Caixa desesperadora a cada ano nos retira qualquer poder de barganha para negociar (e aí em qualquer tipo de Contrato) dentre outras causas.
Mas o que é quase um pecado mortal é ter na origem uma marca chamada Botafogo, tão icônica e única para o futebol brasileiro e vender espaço na nossa camisa para liquidação de secador ou lâmpada, entrar em causas jurídicas perdidas ou não ter substância para defender seus direitos judicialmente e envolver-se em polêmicas com a razão da sua existência: seu apaixonado torcedor.
RESPONSABILIDADE
Portanto a responsabilidade (e não culpa) pela pequena visibilidade (muito menor do que deveria ser) da nossa marca é dos nossos próprios dirigentes.
A maior origem está dentro dos muros de General Severiano.
Convido ao torcedor alvinegro a esquecer o vitimismo contra a “malvada Globo” no episódio dos cavalinhos do Fantástico e na quase eliminação das nossas transmissões em TV aberta.
Não custa lembrar que as Federações que organizam campeonatos, possuem uma “vítima” predileta para alterar datas e horários de partidas, em cima da hora, sem se preocupar com consequências… adivinhem qual o clube? Um certo da Estrela Solitária.
Perdão alvinegros, não é coincidência.
RESPEITO
No dia que o tema respeito for praticado em General Severiano, traduzido em grande conhecimento de cada especialidade e profissionalismo e não apenas no discurso, clamor da paixão, abnegação e da improvisação, tenham certeza que não precisaremos nos preocupar com homenagens “hípicas de bonecos”, porque a marca será forte de novo naturalmente e seremos requisitados, ouvidos e desejados.
O resto é conversa fiada.
Saudações Alvinegras.
Crédito da foto: Esporteemidia.com
Links:
https://radiobotafogo.com.br/colunas/a-torcida-abandonou-o-clube/
https://radiobotafogo.com.br/colunas/dirigentes-abandonem-o-clube-como-a-torcida/
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