O lateral-direito Barrandeguy foi o titular do Botafogo na semifinal da Taça Rio, contra o Fluminense, neste domingo, no Estádio Nilton Santos. O técnico Paulo Autuori, em entrevista concedida após o jogo, explicou a opção pelo uruguaio.
– Se pararmos para analisar, há toda uma lógica nisso. Na primeira partida, jogamos com o Cícero atrás e liberamos o Luiz Fernando, jogamos sem lateral-direito. Na segunda partida, optei pelo Fernando, na terceira pelo Federico (Barrandeguy). É uma lógica de raciocínio. Se eu desejo construir atmosfera, minimamente, justa, tenho que oportunizar para alguns jogadores mostrarem seu valor. Chegou esse ano, veio de fora, estrangeiro, tenho que entender e dar oportunidade. Respeito completamente a opinião de todos, analistas, torcedores e dirigentes, mas tenho que ter a minha visão. Só posso ter essa visão, vendo o jogador. Não é simplesmente jogar não, é competir. Porque tem uma vertente mental determinante. Vimos um jogador forte mentalmente, com suas características. De onde veio essa é a característica, quando vai buscar você tem que saber disso, não apoia muito, se preocupa mais com ações defensivas. Agora que está entendendo e crescendo nos treinos em relação ao apoio – explicou Autuori.
O treinador alvinegro cobrou uma mudança na estratégia de contratações do Botafogo e na montagem do elenco.
– Não adianta trazer jogadores sem saber característica e que tipo de jogo se joga. Isso que, definitivamente, esse ciclo acabou, enquanto eu estiver aqui. Primeiro, precisa entender como a equipe joga e as variações táticas. Depois, ver perfil do jogador, não só se é malabarista e faz coisas interessantes com a bola, é se joga futebol de alta competição e está pronto para competir no mais alto nível. Aspectos comportamental e mental são importantes, são filtros para buscarmos os jogadores de perfil mais adequado para entrar no grupo do Botafogo – completou.