O objetivo desse tema não é trazer novamente a tristeza pela recente eliminação e sim a reflexão de que temos que nos concentrar em empurrar o Botafogo para um caminho maior.
Após pouco mais de uma semana da derrota para o Flamengo na Copa do Brasil, experimentamos um peculiar ponto fora da curva nessa ascendente campanha de 2017. Se dentro de campo, o time não correspondeu, o drama maior pela frustração acabou elevado por enfrentarmos aqueles que mais sentimos vontade de vencer. Porém, um insucesso não pode fazer com que acreditemos que tudo acabou.
A passionalidade do torcedor norteia os debates que ultrapassam uma rotineira conversa de mesa de bar ou bate papo pós jogo, tão popular nos grupos de Whatsapp hoje em dia. A questão em si, não é prolongar o assunto: é precisamente agonizar a dor da derrota porque foi diante do maior rival. Embora difícil, muitos de nós devemos aprender a tirar lições em torno desse indigesto resultado.
E aqui explico por que:
A magia do futebol, no sentido literal da palavra, é carregada de valores que atribuímos de forma abstrata ao sucesso e também ao fracasso. É exatamente no segundo caso que trazemos as nossas teorias, as nossas mandingas e o nosso desabafo para justificar quando as coisas não dão certo.
Esses valores ganham um elemento a mais no nosso inconsciente, quando contra o Flamengo. No pré-jogo, por exemplo, nossa ansiedade é multiplicada por 20 e a expectativa nos leva a construir uma logística e uma preparação atípica de uma partida qualquer. E não apenas pela rivalidade, mas por acreditar que contra eles a coisa é diferente. Soma-se a isso uma grande pitada de veneno por parte de veículos da imprensa em nos colocar como possíveis vilões, racistas, violentos e rancorosos. Em grande parte, engolimos e aceitamos nossas precoces acusações.
Desta forma, poderíamos justificar que essa ansiedade é apenas pelo peso de enfrentar o oponente, mas sabemos que não é. A expectativa pelo sucesso nos faz rejeitar qualquer resultado diferente e quando não obtemos êxito, muitos torcedores praticamente afundam suas esperanças e dão um amargo “feliz ano novo” antecipadamente, além de culpar nosso excesso de azar e a grande sorte deles. Isso jamais deve acontecer! A derrota na Copa do Brasil nunca poderá ser um motivo para pregar o abandono do lado de cá, afinal, perdemos por uma vantagem mínima em um lance imprevisto. Em outras palavras, o Flamengo não deve nunca ser capaz de mudar nossas perspectivas em relação ao Botafogo.
A infelicidade também faz parte do futebol e como tal, deveria nos obrigar a ser uma espécie de torcedor mais reflexivo. A grande diferença hoje (e o grande objetivo do texto) é mostrar que buscamos algo muito maior. O caminho para conquistar a América é logo aqui e não cabe apontar culpados e possíveis erros do acaso que nos inferiorizam.
Não somos e nunca seremos inferiores.
Que viremos rapidamente a chave e tenhamos confiança para encarar o Grêmio. A Libertadores se aproxima e o caminho para a conquista está cada vez mais próximo. Fundamental é acreditar que somos capazes de avançar cada vez mais, pois afinal, só os fortes sobrevivem ao torneio, não é, Flamengo?
Namastê!