Um pênalti, uma disputa particular entre o cobrador e o goleiro separados por 11 metros; de um lado, o imperador. Do outro, um goleiro em busca de espaço. Uma final, um estádio lotado e sua atmosfera representaram, segundo Jefferson, o início de uma grande história que ele estaria para escrever no Botafogo.
— Até então, eu era um goleiro que buscava espaço no futebol nacional, perseguia a firmação em um grande clube e sonhava com a Seleção Brasileira. Então, essa partida foi a abertura para um sonho, pois, depois dele, alcancei realizações, como ser convocado pela primeira vez, coisa de um mês depois. Pegar o pênalti de um jogador, como o Adriano, numa final contra o Flamengo e isso ajudar a nos garantir o título é algo que realmente fica marcado pra sempre — disse o ex-goleiro.
Do gol de cavadinha no pênalti de Loco Abreu até a defesa de Jefferson, tudo isso ocorreu aos olhos de mais de 60 mil espectadores no agora quase setentão Maracanã. Estádio que Jefferson diz que sempre foi um sonho atuar.
— Que garoto, um dia, pense ele ser jogador de futebol ou não, nunca sonhou em jogar nesse estádio? O Maracanã sempre foi o local de exibição para os maiores que o esporte já viu e eu me considero um abençoado por Deus por ter tido a chance de ser campeão naquele lugar — pontuou Jefferson.
O ex-arqueiro alcançou o patamar de ser um dos três jogadores a mais vezes vestir a camisa do Botafogo, com 459 jogos. Está atrás apenas de Nilton Santos, o recordista e Mané Garrincha.
Muitas dessas partidas tiveram o Maraca como palco.
Emoção com Maracanã dividido
Num esforço de memória, Jefferson revela quais são seus primeiros pensamentos, quando revive seus momentos de protagonista no gramado.
— Como jogador, é maravilhoso jogar para sua torcida, mas sempre foi lindo de se ver a ocupação em 50% para cada lado, logo no túnel de acesso ao campo. Foi bonito de se ver a torcida do Botafogo, foi bonito de se ver a torcida do Flamengo, ali reunidos para ver esse jogo, que tanto marcou a minha carreira e a minha história no Botafogo e no Maracanã. Eu fecho os olhos e é a emoção de um estádio desses lotado que eu sinto — comenta Jefferson.
Fonte: Extra Online / Foto de Capa: Divulgação / Botafogo